quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Conquista ou realização?

Não sei se devo conquistar ou realizar o tão falado auto-conhecimento.
Porém hoje escolhi jogar-me.
Descomplicar.

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SALTO MORAL

Sondar a possibilidade do salto
e a profundidade do
abismo.
Formular o desenho preciso.
Vôo e queda, a mesma dimensão
e
altura.
Vôo e queda recortam no ar
a mesma figura.

Saltar de dentro
de si mesmo
Como quem pula o muro da infância,
A cerca que esconde os
pomares
do mundo e limita o corpo
e seu agreste crescimento. E
restringe
o homem e seu poder.

Saltar para o desconhecido
sem redes
sob o corpo.

O salto moral

Diante de mil trapézios oscilantes
e
luzes e o pavor dilacerante
da platéia. A comovente platéia
da
autopiedade

Saltar
para a verdade.
- Celina Ferreira -

“Não há malabarismos óticos dentro dos versos e muito menos o espetáculo de palavras com picadeiro. Mas esta estabilidade também procede do temperamento da autora, e em Celina Ferreira, já pela própria temática, já pelo seu modo de ser, há razão para esta cadência romântica do verso.” Affonso Romano de Sant´Anna.

sábado, 15 de novembro de 2008

Sorriso



"Um sorriso é uma linha curva que faz com que tudo se endireite."

http://www.opus4.com.br/benedito/citacao/28_sorri.htm

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

"Um Certo Alguém"

Sentimento não deve ser escondido nem “jogado aos sete ventos”. Acredito que deve ter um pouco de exclusividade e subjetividade, pois estes, quando bem praticados, demonstram ao destinatário que não se é “apenas mais um” !!

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Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido

Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer

Eu acho tão bonito isso
De ser abstrato baby
A beleza é mesmo tão fugaz

É uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de acontecer

Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então,
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer

Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber


Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido

Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer

Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então,
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer

Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
E eu vou sobreviver...
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber
- Apenas Mais Uma De Amor - Composição: Lulu Santos e Nelson Motta -

domingo, 9 de novembro de 2008

(...)

As coisas de um tempo pra cá
não param de complicar.
E a única coisa que eu gostaria de fazer era sumir!
Sumir!

Para um lugar onde não houvesse perguntas
que perguntas não tivessem respostas
e respostas não precisariam ser explicadas!

Se ser é inevitável, assim como é inevitável descontrolar-se, então me descontrolo!

Obs: Aviso logo que devido a falta de criatividade (espero que passageira) "montei" este texto com fragmentos de blogs alheiros. Queria poder revelar os autores, mais acabei perdendo-os no meio dos “Ctrl C”(s) e “Ctrl V”(s). Rever o histórico de hoje seria uma solução, mais informo também que a preguiça e a vontade de dormir - para que por fim este dia se finalize... sem final feliz – está prevalecendo to night, Good night !!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Significado

No poema
e nas nuvens,
cada qual descobre
o que deseja ver.
- Helena Kolody -

"Sem dúvida, acredita Helena Kolody no poder da palavra, e o poeta pode ser considerado o "escolhido" para fazer dela um instrumento de transformação do mundo. A responsabilidade é enorme e alguns artistas da palavra conseguem levá-la a contento e vão gravando pelo tempo suas idéias que geram novas idéias e assim sucessivamente num trabalho longo, árduo e necessário."

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Pensar um pouquinho faz tão bem !!

Li domingo uma entrevista feita com o José Saramago, no O Globo – mais precisamente no caderno prosa e verso, e deparei-me com estas seguintes frases:
“Sou realmente um cético que precisa sempre ver o que se oculta por trás da aparência das coisas. Das coisas, das palavras e de quem as diz”.
“vivemos numa permanente comédia de enganos que é preciso desmontar continuamente”
A primeira passou estranhamente em meus pensamentos. Mais ao me deparar com a sua ‘conclusão’(na segunda) percebi que talvez Saramago esteja mesmo certo. Não devemos acreditar em tudo que ouvimos, mais acho que duvidar demais também não é a solução, pois como dizem: devemos escutar os dois lado. Então o que devemos fazer? Acho que refletir ajuda para a formação da nossa opinião, porque é esta que deve e é montada continuamente.

sábado, 1 de novembro de 2008

Amor é síntese

Por favor, não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise profunda,
Quanto mais eu...
Ciumento, exigente, inseguro, carente,
Todo cheio de marcas que a vida deixou.
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor.

Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr.
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço.
Me envolva todo em seus braços
E eu serei o perfeito amor.
- Mario de Andrade -

Obs: Ao utilizar a palavra “perfeição”, em sua última estrofe, Mario de Andrade me fez pesquisar seu significado. Assim, através do wikipédia, encontrei o seguinte: “do latim perfectione, caracteriza um ser ou objeto ideal que reúne todas as qualidades e não tem nenhum defeito. Designa uma circunstância que não possa ser melhorada ainda mais.”
“O conceito moderno de pefeição se origina do movimento idealista do século XVIII, e está estreitamente ligado à noção de progresso. Em Kant e seus antecessores, Christian Wolff e Alexander Gottlieb Baumgarten, perfeição é uma noção de ontologia: completude como sendo uma reunião de todas as disposições sujeitas a uma unidade harmoniosa, ou ordem. O perfeito é um 'completo', um manancial de ações potenciais.
Por outro lado, a perfeição é uma idéia, uma condição que não é alcançada, mas deve necessariamente ser almejada - esta é a ética do homem.”

Curiosidade: “Síntese” - método de demonstração que parte do símples para o composto, das causas para os efeitos, dos elementos para o todo, do princípio para as consequências; (quím.) operação que consiste em reunir os corpos simples para formar os compostos, ou os compostos para formar o outros de composição ainda mais complexa. (Fonte: Dicionáro Brasileiro Da Língua Portuguesa – O Globo)